
PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO
Com 79 anos de idade e mais de 50 anos de vida pública, Plínio de Arruda Sampaio nasceu em São Paulo, em 26 de julho de 1930. É um intelectual e ativista político brasileiro, militante do PSOL e Pré-Candidato a Presidência da República. É um dos mais respeitados intelectuais da esquerda católica e também um dos mais árduos defensores da Teologia da Libertação. Suas posições fortes em defesa dos excluídos e da reforma agrária também o tornam muito querido pelos movimentos sociais, especialmente o MST.
Formado em Direito pela USP em 1954, militou na Juventude Universitária Católica (JUC), da qual foi presidente, e na Ação Popular (AP), organização de esquerda surgida a partir dos movimentos leigos da Ação Católica Brasileira.
Em 1954 tornou-se promotor público. Em 1962 foi eleito deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Foi relator do projeto de reforma agrária, que integrava as reformas de base do governo João Goulart. Criou a Comissão Especial de Reforma Agrária e propôs um modelo de reforma à época que despertou a indignação dos grandes latifundiários do Brasil.
Com o golpe militar, o mandato de deputado federal (1963-64) foi cassado e seu nome integrou a primeira lista de 100 brasileiros que tiveram seus direitos políticos cassados por dez anos, pelo Ato Institucional nº 01. À época, o cargo de promotor público, que exercia desde 1954, também foi cassado – só sendo reconhecido novamente em 1984, quando foi anistiado e aposentado.
Exilou-se no Chile onde morou por seis anos (1964 a 1970). De 1965 a 1975 foi diretor de programas de desenvolvimento da FAO, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para agricultura e alimentação, trabalhando em todos os países da América Latina e Caribe nas questões de reforma agrária, desenvolvimento rural e da pequena agricultura. Desde 1975 atua como consultor da entidade.
Transferiu-se para os Estados Unidos em 1970, onde cursou o mestrado em Economia Agrícola em Cornell.
De volta ao Brasil em 1976, abraçou causas de excluídos e lideranças populares. Foi professor da Fundação Getúlio Vargas, fundou o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e engajou-se na campanha pela abertura do regime militar e pela anistia dos condenados políticos. Fundou a Ação da Cidadania pela Ética na Política e a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria, com Betinho e Dom Luciano Mendes de Almeida.
Em 1980, ano de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), Plínio filiou-se ao Partido, sendo um dos seus principais pensadores. Foi o autor do estatuto do partido e um dos idealizadores do seus núcleos de base. Em 1982, candidatou-se a deputado federal pelo PT de São Paulo, tornando-se primeiro suplente.
Em 1986, Plínio foi eleito deputado federal constituinte pelo PT e ficou nacionalmente conhecido ao propor e defender um modelo constitucional de reforma agrária, que visava acabar com os latifúndios. Em 1990, candidatou-se a governador do Estado pelo PT de São Paulo.
Por não concordar com o rumo político do PT, Plínio desligou-se do partido e ingressou no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Em 2006 foi candidato a governador de SP pelo PSOL.
Durante o II Congresso do PSOL, em agosto de 2009, em SP, foi lançado como pré-candidato à Presidência da República, com o propósito de construir um programa socialista, único capaz de frear os efeitos da crise econômica sobre os trabalhadores.
Atualmente, Plínio é diretor do jornal Correio da Cidadania, veículo de imprensa independente com circulação nacional e preside a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).
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